sexta-feira, 26 de agosto de 2011

A Necessidade de Pregar o Evangelho


  



 
Texto em Romanso 1.14-16
Paulo menciona três disposições inabaláveis de seu coração em relação ao evangelho: “Eu sou devedor”(1.14); “estou pronto” (1.15) e “eu não me envergonho” (1.16). Temos aqui três verdades:
1.    a obrigação do evangelho: “sou devedor”;
2.    a dedicação ao evangelho: “estou pronto”;
3.    e a inspiração do evangelho: “não me envergonho”.
Paulo é devedor como servo, está pronto como apóstolo e não se envergonha como alguém que foi separado para o evangelho de Deus.
Em primeiro lugar, estou pronto a pregar o evangelho (1.15). Paulo estava pronto a pregar o evangelho em Roma não decorria de falta de desejo do apóstolo, mas impedimentos circunstanciais. Não se tratava de oposição espiritual, mas de aproveitamento de portas abertas para o evangelho. Tal atraso, porém, enquadra-se no sábio arbítrio de Deus, pois resultou na escrita desta epístola, que tem merecido o encômio de ser “o principal livro do Novo Testamento e evangelho perfeito”.
Paulo sempre esteve pronto a pregar. Pregava em prisão e em liberdade; nas sinagogas e nas cortes; nos lares e nas praças. Pregava em pobreza ou com fartura. Chegou a dizer: “Ai de mim, se não pregar o evangelho” (1Co 9.16). Pregar o evangelho era sua paixão e razão de sua vida. Falando aos presbíteros de Éfeso, declarou: “Em nada considero a vida preciosa e o ministério que recebi do Senhor Jesus pra testemunhar o evangelho da graça de Deus” (At 20.24).
Franz Leenhardt diz acertadamente que o evento decisivo da história do mundo é a pregação do evangelho de Cristo Jesus, que instaura, no processo de desenvolvimento desta história natural, uma história sobrenatural, e inaugura, neste mundo dos homens, o mundo de Deus.
Em segundo lugar, sou devedor do evangelho (1.14). John Stott diz que há duas maneiras de alguém se endividar. A primeira é emprestando dinheiro de alguém; a segunda é quando alguém nos dá dinheiro para uma terceira pessoa. É ao segundo caso que Paulo se refere aqui. Deus havia confiado o evangelho a Paulo como um tesouro que ele deveria entregar em Roma e no mundo inteiro. Ele não podia reter esse tesouro. Precisava entregá-lo com fidelidade.
Deus nos confiou sua Palavra. Ele nos entregou um tesouro. Precisamos ir e anunciar. Sonegar o evangelho é como um crime de apropriação indébita. O evangelho não é para ser retido, mas para ser proclamado. Ninguém pode reivindicar o monopólio do evangelho. A boa-nova de Deus é para ser repartida. É nossa obrigação fazê-la conhecida de outros. Em qualquer lugar do mundo, deixar de pagar uma dívida é considerado algo vergonhoso.
Em terceiro lugar, não me envergonho do evangelho (1.16). Para F. F. Bruce, a expressão “Não me envergonho do evangelho” quer dizer que Paulo se gloria no evangelho e considera alta honra proclamá-lo.

Comentário Expositivo (Romanos), Hernandes Dias Lopes

terça-feira, 23 de agosto de 2011

O MOVIMENTO PENTECOSTAL

O início do avivamento começou com o ministério do Charles Fox Parham. Em 1898 Parham abriu um ministério, incluindo uma escola Bíblica, na cidade de Topeka, Kansas. Depois de estudar o livro de Atos, os alunos da escola começaram buscar o batismo no Espírito Santo, e, no dia 1° de janeiro de 1901, uma aluna, Agnes Ozman, recebeu o batismo, com a manifestação do dom de falar em línguas estranhas. Nos dias seguintes, outros alunos, e o próprio Parham, também receberam a experiência e falaram em línguas.
Charles Fox Parham
Nesta época, as igrejas Holiness ("Santidade"), descendentes da Igreja Metodista, ensinaram que o batismo no Espírito Santo, a chamada "segunda benção", signficava uma santificação, e não uma experiência de capacitação de poder sobrenatural. Os dons do Espírito Santo, tais como falar em línguas estranhas, não fizeram parte da sua teologia do batismo no Espírito. A mensagem do Parham, porém, foi que o batísmo no Espírito Santo deve ser acompanhado com o sinal miraculoso de falar em línguas.

Parham, com seu pequeno grupo de alunos e obreiros, começou pregar sobre o batismo no Espírito Santo, e também iniciou um jornal chamado "The Apostolic Faith" (A Fé Apostólica). Em Janeiro de 1906 ele abriu uma outra escola Bíblica na cidade de Houstan, Texas.
Um dos alunos esta escola foi o William Seymour. Nascido em 1870, filho de ex-escravos, Seymour estava pastoreando uma pequena igreja Holiness na cidade, e já estava orando cinco horas por dia para poder receber a plentitude do Espírito Santo na sua vida.

William Seymour

Seymour enfrentou as leis de segregação racial da época para poder frequentar a escola. Ele não foi autorizado ficar na sala de aula com alunos brancos, sendo obrigado a assistir as aulas do corredor. Seymour também não pude orar nem receber oração com os outros alunos, e consequentamente, não recebeu o batismo no Espírito Santo na escola, mesmo concordando com a mensagem.

Uma pequena congregação Holiness da cidade de Los Angeles ouviu sobre Seymour e o chamou para ministrar na sua igreja. Mas quando ele chegou e pregou sobre o batismo no Espírito Santo e o dom de línguas, Seymour logo foi excluído daquela congregação.

Sozinho na cidade de Los Angeles, sem sustento financeiro nem a passagem para poder voltar para Houston, Seymour foi hospedado por Edward Lee, um membro daquela igreja, e mais tarde, por Richard Asberry. Seymour ficou em oração, aumentando seu tempo diário de oração para sete horas por dia, pedindo que Deus o desse "aquilo que Parham pregou, o verdadeiro Espírito Santo e fogo, com línguas e o amor e o poder de Deus, como os apóstolos tiveram."

Uma reunião de oração começou na casa da família Asbery, na Rua Bonnie Brae, número 214. O grupo levantou uma oferta para poder trazer Lucy Farrow, amiga de Seymour que já tinha recebdo o batismo no Espírito Santo, da cidade de Houston. Quando ela chegou, Farrow orou para Edward Lee, que caiu no chão e começou falar em línguas estranhas.

Naquela mesma noite, 9 de abril de 1906, o poder do Espírito Santo caiu na reunião de oração na Rua Bonnie Brae, e a maioria das pessoas presentes começaram falar em línguas. Jennie Moore, que mais tarde se casou com William Seymour, começou cantar e tocar o piano, apesar de nunca tiver aprendido a tocar.

A partir dessa noite, a casa na Rua Bonnie ficou lotado com pessoas buscando o batismo no Espírito Santo. Dentro de poucos dias, o próprio Seymour também recebeu o batismo e o dom de línguas.

Uma testemunha das reuniões na Rua Bonnie Brae disse:

Eles gritaram durante três dias e três noites. Era Páscoa. As pessoas vieram de todosos lugares. No dia seguinte foi impossível chegar perto da casa. Quando as pessoas entraram, elas cairam debaixo do poder de Deus; e a cidade inteira foi tocada. Eles gritaram lá até as fundações da casa cederam, mas ninguém foi ferido. Durante esses três dias havia muitas pessoas que receberam o batismo. Os doentes foram curados e os pecadores foram salvos assim que eles entraram.

Sabendo que a casa na Rua Bonnie Brase estava ficando pequena demais para as multidões, Seymour e os outros procuravam um lugar para se reunir. Eles acharam um prédio, na Rua Asusa, número 312, que tinha sido uma igreja Metodista Episcopal mas, depois de ser danificado num incêndio, foi utilizado como estábulo e depósito. Depois de tirar os escombros, e construir um púlpito de duas caixas de madeira e bancos de tábuas, o primeiro culto foi realizado na Rua Asusa no dia 14 de abril de 1906.

Muitos cristãos na cidade de Los Angeles e cidades vizinhas já estavam esperando por um avivamento. Frank Bartleman e outros estiveram pregando e intercedendo por um avivamento como aquilo que Deus estava derramando sobre o país de Gales.

Num folheto escrito em novembro de 1905, Barteman escreveu:

A correnteza do avivamento está passando pela nossa porta... O espírito de avivamento está chegando, dirigido pelo sopro de Deus, o Espírito Santo. As nuvens estão se juntando rapidamente, carregadas com uma poderosa chuva, cuja precipitação demorará apenas um pouco mais.

Heróis se levantarão da poeira da obscuridade e das circunstâncias desprezadas, cujos nomes serão escritos nas páginas eternas da fama Celestial. O Espírito está pairando novamente sobre a nossa terra, como no amanhecer da criação, e o decreto de Deus saía: "Haja luz"...
Mais uma vez o vento do avivamento está soprando ao redor do mundo. Quem está disposto a pagar o preço e responder ao chamado para que, em nosso tempo, nós possamos viver dias de visitação Divina?

O pastor da Primeira Igreja Batista, Joseph Smale, visitou o avivamento em Gales, e reuniões de avivamento continuavam para alguns meses na sua igreja, até que ele foi demetido pela liderança. Bartleman escreveu e recebeu cartas de Evan Roberts, o líder do avivamento de Gales. Mas o avivamento começou com o pequeno grupo de oração dirigido por Seymour.

Depois de visitar a reunião na Rua Bonnie Brae, Bartleman escreveu:

Havia um espírito geral de humildade manifesto na reunião. Eles estavam apaixandos por Deus. Evidentemente o Senhor tinha achado a pequena companhia, ao lado de fora como sempre, através de quem Ele poderia operar. Não havia uma missão no país onde isso poderia ser feito.
Todas estavam nas mãos de homens.

O Espírito não pôde operar. Outros mais pretensiosos tinham falhados. Aquilo que é estimado por homem foi passado mais uma vez e o Espírito nasceu novamente num "estábulo" humilde, por fora dos estabelecimentos eclesiásticos como sempre.3Interesse nas reuniões na Rua Azusa aumentou depois do terrível terremoto do dia 18 de abril, que destruiu a cidade vizinha de San Francisco. Duras críticas das reuniões nos jornais da cidade também ajudavam a espalhar a noticia do avivamento.

Como no avivamento de Gales, as reuniões não foram dirigidas de acordo com uma programação, mas foram compostos de oraçãos, testemunhos e cânticos espontâneos. No jornal da missão, também chamado "The Apostolic Faith", temos a seguinte descrição dos cultos:"As reuniões foram transferidas para a Rua Azusa, e desde então as multidões estão vindo.

As reuniões começam por volta das 10 horas da manhã, e mal conseguem terminar antes das 20 ou 22 horas, e às vezes vão até às 2 ou 3 horas da madrugada, porque muitos estão buscando e outros estão caídos no poder de Deus. As pessoas estão buscando no altar três vezes por dia, e fileiras e mais fileiras de cadeiras precisam ser esvaziadas e ocupadas com os que estão buscando. Não podemos dizer quantas pessoas têm sido salvas, e santificadas, e batizadas com o Espírito Santo, e curadas de todos os tipos de enfermidade. Muitos estão falando em novas línguas e alguns estão indo para campos missionários com o dom de línguas. Estamos buscando mais do poder de Deus."

Frank Bartleman também escreveu sobre os cultos na Rua Azusa:O irmão Seymour normalmente se sentou atrás de duas caixas de sapato vazias, uma em cima da outra. Ele acustumava manter sua cabeça dentro da caixa de cima durante a reunião, em oração. Não havia nenhum orgulho lá. Os cultos continuavam quase sem parar. Almas sedentas poderiam ser encontradas debaixo do poder quase qualquer hora, da noite ou do dia.

O lugar nunca estava fechado nem vazio. As pessoas vieram para conhecer Deus. Ele sempre estava lá. Conseqüentemente, foi uma reunião contínua. A reunião não dependeu do líder humano.

Naquele velho prédio, com suas vigas baixas e chão de barro, Deus despedaçou homens e mulheres fortes, e os juntou novamente, para a Sua glória. Era um processo tremendo de revisão. O orgulho e a auto-asserção, o ego e a auto-estima, não podiam sobreviver lá. O ego religioso pregou seu próprio sermão funerário rapidamente.

Nenhum assunto ou sermão foi anunciado de antemão, e não houve nenhum pregador especial por tal hora. Ninguém soube o que poderia acontecer, o que Deus faria. Tudo foi espontâneo, ordenado pelo Espírito. Nós quisemos ouvir de Deus, através de qualquer um que Ele poderia usar para falar. Nós tivemos nenhum "respeito das pessoas." O rico e educado foi igual ao pobre e ignorante, e encontrou uma morte muito mais difícil para morrer. Nós reconhecemos somente a Deus. Todos foram iguais.

Nenhuma carne poderia se gloriar na presença dEle. Ele não pôde usar o opiniático. Essas foram reuniões do Espírito Santo, conduzidas por Deus. Teve que começar num ambiente pobre, para manter o elemento egoísta, humano, ao lado de fora. Todos entraram juntos em humildade, aos pés dEle.

Notícias sobre as reuniões na Rua Azusa começaram a se espalhar, e multidões vierem para poder experimentar aquilo que estava acontecendo. Além daqueles que vierem dos Estados Unidos e da Canadá, missionários em outros páises ouvirem sobre o avivamento e visitavam a humilde missão. A mensagem, e a experiência, "Pentecostal" foi levada para as nações. Novas missões e igrejas Pentecostais foram estabelecidas, e algumas denominações Holiness se tornaram igrejas Pentecostais. Em apenas dois anos, o movemento foi estabelecido em 50 nações e em todas as cidades nos Estados Unidos com mais de três mil habitantes.

A influência da missão da Rua Azusa começou a diminuir à medida que outras missões e igrejas abraçaram a mensagem e a experiência do batismo do Espírito Santo. Uma visita de Charles Parham à missão, em outubro de 1906, resultou em divisão e o estabelecimento de uma missão rival. Parham não se conformava com a integração racial do movimento, e criticou as manifestações que ele viu nas reuniões.

Em setembro de 1906 a Missão da Rua Azusa lançou o jornal "The Apostolic Faith", que foi muito usado para espalhar a mensagem Pentecostal, e continuou até maio de 1908, quando a mala direta do jornal foi indevidamente transferida para a cidade de Portland, assim efetivamente isolando a missão de seus mantenadores.

O avivamento da Rua Azusa durou apenas três anos, mas foi instrumental na criação do movimento Pentecostal, que é o maior segmento da igreja evangélica hoje.

HISTORIA DO MOVIMENTO PENTECOSTAL



domingo, 21 de agosto de 2011

AGNUS DEI - GLORIA AO CORDEIRO














Cordeiro de Deus ou em latim, Agnus Dei, é uma expressão utilizada no cristianismo para se referir a Jesus Cristo, identificado como o salvador da humanidade, ao ter sido sacrificado em resgate pelo pecado original. Na arte e na simbologia icónica cristã, é frequentemente representado por um cordeiro com uma cruz. A expressão aparece no Novo Testamento, principalmente no Evangelho de João, onde João Baptista diz de Jesus: "Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo" (João, 1:29).

domingo, 14 de agosto de 2011

Lições Bíblicas - Neemias integridade e coragem em tempos de crise - 4º Trimestre de 2011





NEEMIAS – Integridade e coragem em tempos de crise
Comentárista: Elinaldo Renovato

 
Lição  1 – Quando a crise mostra sua face
Lição  2 – Liderança em tempos de crise
Lição  3 – Aprendendo com as portas de Jerusalém
Lição  4 – Como enfrentar a oposição à obra de Deus
Lição  5 – A conspiração dos inimigos contra Neemias
Lição  6 – Neemias lidera um genuíno avivamento
Lição  7 – Arrependimento, a base para o conserto
Lição  8 – O compromisso com a palavra de Deus
Lição  9 – A organização do serviço religioso
Lição 10 – O Exercício ministerial na casa do Senhor
Lição 11 – O Dia de adoração e serviço a Deus
Lição 12 – As conseqüências do jugo desigual
Lição 13 – A integridade de um líder

Fonte: http://pointrhema.blogspot.com/



sexta-feira, 12 de agosto de 2011

UMADENE ELEGE MESA DIRETORA PARA O BIÊNIO 2011/2013




Pastor José Wellington B. da Costa (Presidente da CGADB) se congratulando com os eleitos para o biênio 2011/2013

Foi apresentada pela Comissão Eleitoral, presidida pelo pastor José Laelson (COMADAL), ao plenário da UMADENE, a chapa aclamada por unanimidade para compor a Mesa Diretora da UMADENE - União dos Ministros das Assembleias de Deus no Nordeste, para o biênio 2011/2013.

Presidente: Pr. José Antonio dos Santos (COMADAL)
1º Vice-Presidente: Pr. Osires Teixeira Pessoa (CONFRADECE)
2º Vice-Presidente: Pr. Roberto José dos Santos (COMADALPE)
3º Vice-Presidente: Pr. João Bezerra da Silva (CONADEC)
4º Vice-Presidente: Pr. Pedro Aldi Damasceno (CEADEMA)
5º Vice-Presidente: Pr. José Carlos de Lima (CMADEP)
6º Vice-Presidente: Dermeval Lopes Cerqueira (CEADEB)

1º Secretário: Pr. Daniel Nunes da Silva (COMEAD-CGPB)
2º Secretário: Pr. Nestor Henrique de Mesquita (CEADEP)
3º Secretário: Pr. Gerinaldo Messias (CONEADESE)
4º Secretário: Pr. Martim Alves Cavalcante (CEMADERN)
5º Secretário: Pr. José Alves Cavalcante (COMADESMA)
6º Secretário: Pr. Israel Alves Fereira (CONFRAMADEB)

1º Tesoureiro: Pr. Amaro Antonio Cristovan Filho (COMADAL)
2º Tesoureiro: Pr. Maurino Pinheiro do Nascimento (CIMADEC)

As plenárias aconteceram num clima de paz e unidade.


Fonte: Fonte: http://www.altairgermano.net/

Lição 7 - A Beleza do Serviço Cristão - 3º Trimestre de 2011





O QUE É O SERVIÇO CRISTÃO

"Servi ao Senhor com alegria" (Salmo 100.2a)


- No Antigo Testamento, os termos hebraicos para "servir" são shãrat e 'ãbad.

O termo Shãrat, segundo Vine (2003, p. 294) "denota muitas vezes o 'serviço' feito em relação à adoração de Israel a Deus". São exemplos de seus uso neste sentido os seguintes textos:

a) 1 Sm 2.11; 3.1 - Relacionado ao serviço prestado por Samuel
b) Dt 8.10 - A separação da tribo de Levi para servir ao Senhor
c) Êx 29.30 - A separação de Arão e seus filhos para ministrarem como sacerdotes

O termo 'abad, é usado no sentido servir a Deus, por exemplo, em:

a) Êx 3.12 -"Servireis a Deus neste monte".
b) Dt 6.13 - "O Senhor, teu Deus, temerás, e a ele servirás"
c) Nm 8.11 - "E Arão moverá os levitas por oferta de movimento perante o Senhor [...] para servirem no ministério do Senhor".

Nos casos citados, servir envolve adoração e trabalho.


- No Novo Testamento, são utilizados para "servir" os termos:

a) diakoneõ - ministrar, prestar qualquer tipo de serviço (Lc 10.40; 12.37; 17.8; 22.26; 22.27)

b) douleuõ - em relação ao serviço a Deus, esse termo é usado em (Mt 6.24)

c) latruõ - significa "adorar" e "servir" (Mt 4.10; At 7.7; 24.14; Rm 1.9; 2 Tm 1.3; Ap 22.3)

d) hipereteõ - literalmente, fazer o serviço de um remador (At 20.34), ou seja, trabalhar evitando qualquer pose de superioridade, transferindo toda honra e glória para o Senhor Jesus.

Percebe-se dessa forma que "servir", embora envolva o ato de adorar, não é uma postura meramente contemplativa. Servir é agir, trabalhar de forma amorosa e sacrificial, objetivando o crescimento do Reino de Deus, para a glória de Deus.

A Teologia Sistemática, dentro da eclesiologia (doutrina da igreja), trata o tema "serviço cristão" com os seguintes títulos:

- A Missão da Igreja (Thiessen)
- Os Propósitos da Igreja (Grudem)
- As Tarefas e Responsabilidades da Igreja (Ferreira e Myat)
- A Obra da Igreja (Pearlman)
- O Propósito de Deus com a Igreja (Bergstén)


O serviço cristão pode ser dividido em cinco áreas básicas. São elas:

1. Adoração

Adorar significa honrar, reverenciar, tributar, louvar, exaltar e servir a Deus. Podemos adorar a Deus através do culto público, do culto privado e em todas as nossas ações. O Apóstolo Paulo exorta a igreja que adore a Deus "com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão no coração" (Cl 3.16). fomos escolhidos em Cristo "para sermos para louvor da sua glória" (Ef 1.12)."A igreja existe para ser uma comunidade de adoração" (Ferreira e Myatt, 2007, p. 970).

Pode-se declarar que este é o principal propósito da igreja, fundamentado pelas escrituras (Rm 15.6; Ef 1.5, 6, 12, 14, 18; 3.21; II Ts 1.12; 1 Pe 4.11).

Thiessen (1987, p. 311) nos diz que "Este dever é tão fundamental que, se for cumprido com fidelidade, serão cumpridos também os outros propósitos da igreja. Grudem (1999, p. 727) declara que adoração é "o principal propósito da igreja com referência ao seu Senhor".

2. Evangelização

Ir por todo o mundo pregando o Evangelho a toda criatura e fazendo discípulos de todas as etnias é mandamento do Senhor e missão da igreja (Mt 28.19; Mc 16.15; Lc 24.46-48; At 1.8).

Para Thiessen (idem, p. 313) "A igreja está sob a obrigação de dar ao mundo todo uma oportunidade de ouvir o Evangelho e de aceitar a Cristo". Não temos a responsabilidade de converter, mas sim, de evangelizar as pessoas.

A pregação do Evangelho é a única esperança para o mundo sem Deus. Cada crente deve se sentir responsável por testemunhar de Jesus e anunciar as boas novas de salvação.

Segundo Pealrman (1987, p. 218) "Cristo tornou acessível a salvação por provê-la; a igreja deve torná-la real por proclamá-la".

3. Edificação

Em Efésios 4.11-14, o apóstolo Paulo afirma "e ele mesmo concedeu concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguem à unidade da fé e do pleno conhecimento do filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não sejamos mais meninos, agitados de um lado para o outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela stúcia com que induzem ao erro".

É função da igreja nutrir e edificar os seus membros, conduzindo-os desta forma à maturidade na fé.

Diante de tantos absurdos doutrinários e modismos, nunca a igreja evangélica no Brasil precisou tanto de obreiros comprometidos com o propósito de através da edificação, brindá-la contra os atuais mercenários, pop-stars, aproveitadores, manipuladores e hereges.

4. Educação

A Educação Cristã foi bem definida por George (1993, p. 16) como: "um processo deliberado e intencional pelo qual Cristo é formado nas pessoas, visando a transformação, formação e crescimento da pessoa toda e da igreja toda em todo o tempo".

Da pessoa toda porque envolve o desenvolvimento dos aspectos intelectual, emocional, espiritual e comportamental. Da igreja toda pois inclui as crianças, os adolescentes, os jovens os adultos e os anciãos.

Jesus concedeu mestres para a sua igreja (Ef 4.11) e ordenou que os discípulos fossem ensinados a "guardar todas as coisas" que ele lhes havia ordenado (Mt 28.19).

A educação é um dos mais importantes ministérios da igreja e pode ser ministrada de maneira formal (cultos de ensino, escola dominical etc.) ou informal (na vida em família , nas conversas informais etc).

5. Visitação e Socorro

Visitar e socorrer os necessitados é uma clara demonstração do nosso amor ao próximo e a Deus (Tg 1.27; 1 Jo 4.20). O Novo Testamento está repleto de exemplos da mobilização da igreja na visita e socorro aos necessitados (Atos 2.44-45; 11.29-30).

Paulo escrevendo a Timóteo, orienta que o socorro seja dirigido a quem realmente necessita, cabendo a família do necessitado a responsabilidade primeira de assim fazê-lo (1 Tm 5.8, 16).

Como bem colocou Ferreira e Myatt (idem, p. 980) "Não é responsabilidade primária de uma igreja local, enquanto instituição, realizar o trabalho de ação social. Por outro lado, entretanto, os membros da igreja, como indivíduos, devem ser exortados e equipados para se envolver na ação social (2 Co 8.1-4; 1 Jo 3.17), minorando as desigualdades e sofrimentos também fora da igreja". Devemos lembrar, contudo, que os domésticos da fé terão sempre a prioridade (Gl 6.10).

É muito comum vermos crentes que reclamam que a igreja não socorre os seus necessitados. Parece que os tais esquecem que eles são também "Igreja", sendo em boa parte dos casos os primeiros a "fecharem as mãos e os olhos" diante das necessidades dos seus irmãos e entes queridos. A necessidade de visitar e socorrer os necessitados não é apenas dos oficiais da igreja, mas sim, de toda a comunidade cristã.


CONCLUSÃO

Estás servindo a Deus como deverias? Serves ao Senhor por motivos dignos e honrosos? Tens a certeza que estás agradando ao Pai celestial? Fazes o serviço por obrigação ou com alegria? Trabalhas para aparecer ou para engrandecer a Deus?

Certamente, todas estas questões terão a clara resposta, evidenciada diante do Tribunal de Cristo,

"Porque importa que todos nós compareçamos perante o Tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo". (2 Co 5.10)

"E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras. (Ap 22.12)

Amém!


BIBLIOGRAFIA

BERGSTÉN, Eurico. Introdução á Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.

FERREIRA, Franklin; MYATT, Alan. Teologia Sistemática: uma análise histórica, bíblica e apologética para o contexto atual. São Paulo: Vida nova, 2007.

GEORGE, Sherron K. Igreja ensinadora: fundamentos bíblicos-teológicos e pedagógicos da educação cristã. Campinas-SP: Luz para o Caminho, 1993.

GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática: atual e exaustiva. são Paulo: Vida Nova, 1999.

PEARLMAN, Myer. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 1987.

THIESSEN, Henry Clarence. Palestras introdutórias à Teologia Sistemática. São Paulo: IBR, 1987.

VINE, W. E.; UNGER Merril F.; WHITE JR, William. Dicionário Vine. 2. ed.: Rio de Janeiro: CPAD, 2003.


Fonte: http://www.altairgermano.net/