Nesta lição aprenderemos que algumas bênçãos e promessas são
especificas, elas podem ser: pessoais, nacionais e universais. Precisamos saber
distinguir cada uma delas, onde nos enquadramos e para compreendermos o plano
de Deus em nossa vida.
DEFINIÇÃO DA PALAVRA “PROMESSA”
“a palavra portuguesa promessa vem do latim, pro (para), e mittere
(enviar). Uma promessa é algo que uma pessoa ou situação projeta como certa ou
como possível; ou, então, uma garantia dada de que alguém fará ou dará algo, ou
que as circunstâncias proverão algo, de natureza positiva ou negativa.” Enciclopédia
de Teologia e filosofia R. N. Champlim
PRINCÍPIOS
PARA A INTERPRETAÇÃO DE PROMESSAS BÍBLICAS
Na Bíblia
encontramos vários exemplos de promessas individuais, promessas que foram
dirigidas para determinadas pessoa:
Noé
“Mas contigo estabelecerei
a minha aliança; e entrarás na arca, tu e os teus filhos, tua mulher e as
mulheres de teus filhos contigo.
E de tudo o que
vive, de toda a carne, dois de cada espécie, farás entrar na arca, para os
conservar vivos contigo; macho e fêmea serão.” (Gn 6.18-19)
Abraão
“E disse Deus: Na verdade, Sara, tua mulher,
te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque, e com ele estabelecerei a minha
aliança, por aliança perpétua para a sua descendência depois dele.”(Gn 17.19)
"Todavia, o que era da
escrava nasceu segundo a carne, mas, o que era da livre, por promessa.”(Gl 4.23)
INTERPRETAÇÃO ERRADA PARA PROMESSAS
FEITAS A ABRAÃO
A cerca
de Abraão, por exemplo, Deus lhe fez três promessas individuais:
Deus prometeu a Abraão um filho “E eis que veio a palavra do SENHOR a ele dizendo: Este não
será o teu herdeiro; mas aquele que de tuas entranhas sair, este será o teu
herdeiro” (Gn 15.4);
Deus prometeu a Abraão muitos descendentes, “E te farei frutificar grandissimamente, e
de ti farei nações, e reis sairão de ti. E estabelecerei a minha aliança entre
mim e ti e a tua descendência depois de ti em suas gerações, por aliança
perpétua, para te ser a ti por Deus, e à tua descendência depois de ti” (Gn
17:6,7);
Deus prometeu a terra de Canaã a Abraão e a sua posteridade: “E te darei a ti e à tua descendência depois
de ti, a terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã em perpétua
possessão e ser-lhes-ei o seu Deus” (Gn 17:8).
Finalmente,
Hagin não entendeu o significado da benção de Abrão, ao identificá-la com a
prosperidade material. Ele escreve: “A primeira coisa que Deus prometeu a
Abrão foi que iria enriquecê-lo. ‘Você quer dizer que Deus vai enriquecer todos
nós?’ Sim, é isto que quero dizer” (Redimidos, 8). Mas isso perde totalmente
de vista o que Paulo está tentando dizer nessa passagem. Ele está explicando
que as nações gentílicas foram incluídas na esperança da salvação por meio de
Abraão.
Isso fica muito claro em Gálatas 3.7-9:
“Sabei, pois, que os da fé é que são filhos de
Abraão. Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os
gentios, preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti serão abençoados todos os
povos. De modo que os da fé são abençoados com o crente Abraão.”
Em oposição à interpretação de Hagin, a
prosperidade física de Abraão nunca foi assunto de interesse na Bíblia. Nos 216
versículos que mencionam o patriarca, não existe indício algum de que a riqueza
que lhe foi dada fosse importante para ele como pessoa ou constituísse elemento
essencial de sua relação com Deus. Além disso, o próprio Abraão aparece no Novo
Testamento como exemplo de um homem que, por meio da fé, encontrou não a
riqueza, mas a salvação. Ele se tornou conhecido com pai daqueles que têm fé,
exemplo supremo de um homem de fé (Rm 4.12,16; Gl 3.6,9), não porque fosse rico
e próspero, mas porque teve fé para deixar sua terra (Hb 11.8), para confiar na
promessa que Deus fez de lhe dar um filho em sua velhice (Hb 11.11) e até para
sacrificar seu próprio filho, quando este lhe foi pedido (Hb 11.17; Tg 2.21). O
ponto central de Hebreus 11 é que os santos de Deus, incluindo-se Abrão, foram
fiéis apesar dos problemas, não por ser prósperos. A maioria deles nem levou
uma vida de prosperidade, mas, em vez disso, morreu martirizada. A fé que eles demonstraram
honrou a deus, por ser fé apesar das circunstancias, não fé que mudava as
circunstâncias para melhor. Portanto, ver na promessa de Deus a Abraão
principalmente uma referência ás riquezas materiais não passa de uma
interpretação grosseira. (Pieratt, 2009, p.111,112)
AS PROMESSAS NACIONAIS À ISRAEL
Havia bênçãos dadas a
Israel que eram de caráter puramente nacional, isto é, diziam respeito a eles
como povo.
- Deus prometeu
a Israel a terra e este recebeu (Gn 12.1; 13.15; 15.18-21; 17.7-8; 26.3-4;
28.13-14; Lv 20.24; 25.23), à qual seu destino está ligado e jamais
deixará de existir (Jr 31.35-40);
- Numerosas
profecias prometem a Israel a restauração na sua terra, com o Messias
reinando no trono de Davi por ocasião de Sua volta (2 Sm 7.10-16; 1 Re
9.5; Is 9.6-7; Ez 34.23-24; 37.24-25; Lc 1.31-33);
AS PROMESSAS UNIVERSAIS POR MEIO DA IGREJA
É fácil percebermos que nem todas
as bênçãos prometidas a Israel por intermédio dos patriarcas podem ser
traduzidas em bênçãos locais, materiais e pessoais. Havia também aquelas de
caráter universal e espiritual. Elas teriam um caráter coletivo e apontavam
para um futuro ainda muito distante. Quando o Senhor diz a Abraão, por exemplo,
que "em ti serão benditas todas as famílias da terra" (Gn 12.3), a
referência é
a salvação por intermédio da
pessoa bendita de Jesus Cristo (G1 3.8). Essa
promessa se cumpriu muitos séculos depois do patriarca. Essas bênçãos, embora contempladas por
Abraão, não foram desfrutadas por ele. Jesus Cristo afirmou: "Abraão,
vosso pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o, e se alegrou" (Jo 8.56).
Abraão "viu" os dias do Messias, mas não os vivenciou. A bênção era
para sua posteridade. O dom do Espírito Santo, por exemplo, é uma dessas
bênçãos na Antiga Aliança que só pôde ser vivida na sua plenitude por crentes
debaixo do Novo Pacto. (A prosperidade a luz da Bíblia,
José Gonçalves)
Promessas para a Igreja:
- A promessa de ser templo
do Espírito Santo (Jo 14.17,23);
- A justificação (Gl 2.16;
2.21);
- A liberdade (Gl 4.8-10;
Gl 5.1);
- A promessa do Batismo com
o Espírito Santo (Lc 24.49; At 2.38,39);
- A adoção de filhos (Jo
1.12; II Co 6.18; I Jo 3.1,2);
- A promessa do livramento
da grande tribulação (Ap 3.10).
Lições Bíblicas, A Verdadeira Prosperidade, Ed. Cpad
Lição 05 – As bênçãos de Israel e o que cabe à Igreja – Rede Brasil de Comunicação.
José Gonçalves, A Prosperidade a luz da Bíblia, Ed. CPAD
Alan B. Pieratt, O Evangelho da Prosperidade, Ed. Vida Nova
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