terça-feira, 8 de novembro de 2011

SÉTIMA CARTA; À IGREJA DE LAODICÉIA



Por: Eduardo Pereira

Etimologia
            O nome significa “Laodice” (em alusão a Laodice esposa de Antíoco II 261-246). Outros, porém, vêm nessa palavra grega o significado de “poko”, “juízo”, ou “costume”. Já que Laodice era nome feminino, nos tempos do Novo Testamento, seis cidades receberam tal nome, no período helenista. Por essa razão, a Laodicéia do presente texto, era chamada de “Laodicéia do Lico”, isto é, conforme asseverava Estrabão; 578”, in loc. O trecho de Colossenses 4.13-16 mostra-nos que, nos tempos de Paulo (talvez em 64 d. C.), Laodicéia já contava com uma igreja organizada e próspera. Atualmente Laodicéia é conhecida como Alasehir.

Geografia
Laodicéia era uma cidade que estava situada numa montanha que dava para um vale fértil e de majestosas montanhas. Ficava localizada entre duas cidades, HIERÁPOLIS E COLOSSOS.

És Morno
O suprimento de água de Laodicéia vinha de uma fonte distante através de tubos. Em conseqüência, quando a água chegava à cidade era morna e pouco potável. Contrastantemente, a cidade vizinha de Hierápolis possuía fontes medicinais, e a vizinha Colossos era abastecida por uma fonte de água fria vinda da montanha. Cristo pede que a igreja seja refrescante (fria) ou medicinalmente curativa (quente) e não como o abastecimento de água de Laodicéia.

És pobre, cego e nu
A Igreja de Laodicéia evidentemente refletia o caráter da cidade como um todo, que era famosa por sua riqueza. Quando foi destruída por um terremoto em 60 d.C., os cidadãos recusaram ajuda de Roma e reconstruíram a cidade com seus próprios recursos. Mas, por admirável que essa independência possa ser nas questões materiais, no domínio espiritual a auto-suficiência de uma igreja precisa vir de Deus (2Co 3.5). Laodicéia era famosa pela manufatura de mantos de lã preta chamados laodicia; as ovelhas pretas das quais a lã era obtida sobreviveram nessa região até os nossos dias. Havia uma famosa escola médica perto de Laodicéia em que a “pedra da Frígia” era triturada para produzir colírio (gr. Kollyrion), que parece que era misturado com óleo e aplicado aos olhos como ungüento.
Ouro refinado em 1Pe 1.7 diz “para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória na revelação de Jesus Cristo”, Pedro compara a fé  sendo provada e refinada como ouro, e diz que a fé é mais importante que o ouro pois ela não perece, Pedro diz que a fé deve ser desenvolvida, refinada. Devemos investir na fé, as vezes pensamos na fé como algo intangível e nos esquecemos dela.
Vestiduras branca, em Ap 7.14 observamos que todos estavam com suas vestiduras brancas, no N.T. vestiduras brancas fala-nos de justiça de aceitação diante de Deus, todos são declarados justos quando aceitam o sacrifício de Jesus, a Igreja de Laodicéia se esqueceu da boa nova, do preço do resgate, precisamos da sua vestidura branca “sua justiça”.
O Colirio, no N.T é o Espirito Santo que abre os olhos do homem, que nos ajuda a entender Jo 16.13, o Espirito Santo é aquele que nos faz enxergar aquilo que realmente precisamos.

Eis que estou a porta, e bato
ImageA famosa pintura de HOLMAN HUNT, em que Cristo aparece diante da porta, a bate, não mostra a maçaneta do lado de fora. Quando Sir Noel Paton pintou o famoso quadro representando o Rei coroado de espinho batendo à porta, foi censurado por que se esquecera de incluir a maçaneta na porta. Mas o célebre pintou de propósito omitira a maçaneta. É que só pode ser aberta pelo lado de dentro. Um homem conhecido na cidade, levou, certa feita, seu filho pequeno, para ver esse quadro. O menino ficou ali pensando, por alguns momentos, e então perguntou: “Porque não abrem a porta?”. O pai respondeu que não podiam ouvi-lo batendo. O menino considerou a resposta por uns momentos mas não ficou satisfeito com a mesma. “Não”, disse o garoto? “é que estão ocupados no quartinho dos fundos, fazendo outras coisas, e nem sabem que Jesus está batendo à porta”. Nesta resposta há grande discernimento! Os crentes de Laodicéia viviam atarefados com seu comércio, com seus banquetes sociais, com suas riquezas introspectivas, e nem se quer ouviram Jesus bater e falar. O bater de Cristo, na vida, se verifica de muitas maneiras: no testemunho tranqüilo da oração, no sermão do pregador, na lição da escola dominical, na leitura da Palavra de Deus, mediante alguns tragédia, enfermidade, mediante abalo, mediante a razão, mediante a vitória, mediante a perda, mediante a alegria, mediante a felicidade, mediante a dor, mediante a morte – a última e contundente maneira de Deus falar! (cf. Hb 1.1).

BIBLIOGRAFIA
Apocalipse versículo por versículo, Severino Pedro da Silva, Ed. CPAD
Manual Bíblico Vida Nova, David S. Dockery, Ed. Vida Nova
Comentário Bíblico NVI, F. F. Bruce, Ed. Vida
Bíblia de Estudo Genebra, Ed. Cultura Cristã

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