sábado, 28 de janeiro de 2012

LIÇÃO 05 - AS BÊNÇÃOS DE ISRAEL E O QUE CABE A IGREJA – 1º TRIMESTRE DE 2012



Nesta lição aprenderemos que algumas bênçãos e promessas são especificas, elas podem ser: pessoais, nacionais e universais. Precisamos saber distinguir cada uma delas, onde nos enquadramos e para compreendermos o plano de Deus em nossa vida.


DEFINIÇÃO DA PALAVRA “PROMESSA”

“a palavra portuguesa promessa vem do latim, pro (para), e mittere (enviar). Uma promessa é algo que uma pessoa ou situação projeta como certa ou como possível; ou, então, uma garantia dada de que alguém fará ou dará algo, ou que as circunstâncias proverão algo, de natureza positiva ou negativa.” Enciclopédia de Teologia e filosofia R. N. Champlim



PRINCÍPIOS PARA A INTERPRETAÇÃO DE PROMESSAS BÍBLICAS



 PROMESSAS INDIVIDUAIS

Na Bíblia encontramos vários exemplos de promessas individuais, promessas que foram dirigidas para determinadas pessoa:


Noé


Mas contigo estabelecerei a minha aliança; e entrarás na arca, tu e os teus filhos, tua mulher e as mulheres de teus filhos contigo.

E de tudo o que vive, de toda a carne, dois de cada espécie, farás entrar na arca, para os conservar vivos contigo; macho e fêmea serão.” (Gn 6.18-19)


 

Abraão


“E disse Deus: Na verdade, Sara, tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque, e com ele estabelecerei a minha aliança, por aliança perpétua para a sua descendência depois dele.”(Gn 17.19)



"Todavia, o que era da escrava nasceu segundo a carne, mas, o que era da livre, por promessa.”(Gl 4.23)



  

INTERPRETAÇÃO ERRADA PARA PROMESSAS FEITAS A ABRAÃO

  

A cerca de Abraão, por exemplo, Deus lhe fez três promessas individuais:


Deus prometeu a Abraão um filho “E eis que veio a palavra do SENHOR a ele dizendo: Este não será o teu herdeiro; mas aquele que de tuas entranhas sair, este será o teu herdeiro” (Gn 15.4);



Deus prometeu a Abraão muitos descendentes, “E te farei frutificar grandissimamente, e de ti farei nações, e reis sairão de ti. E estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência depois de ti em suas gerações, por aliança perpétua, para te ser a ti por Deus, e à tua descendência depois de ti” (Gn 17:6,7);



Deus prometeu a terra de Canaã a Abraão e a sua posteridade: “E te darei a ti e à tua descendência depois de ti, a terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã em perpétua possessão e ser-lhes-ei o seu Deus” (Gn 17:8).




Finalmente, Hagin não entendeu o significado da benção de Abrão, ao identificá-la com a prosperidade material. Ele escreve: “A primeira coisa que Deus prometeu a Abrão foi que iria enriquecê-lo. ‘Você quer dizer que Deus vai enriquecer todos nós?’ Sim, é isto que quero dizer” (Redimidos, 8). Mas isso perde totalmente de vista o que Paulo está tentando dizer nessa passagem. Ele está explicando que as nações gentílicas foram incluídas na esperança da salvação por meio de Abraão.

Isso fica muito claro em Gálatas 3.7-9:



“Sabei, pois, que os da fé é que são filhos de Abraão. Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os gentios, preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti serão abençoados todos os povos. De modo que os da fé são abençoados com o crente Abraão.”

Em poucas palavras, a “bênção de Abraão” aplicada aos gálatas era o direito desfrutado pelos gentios de ser considerados filhos de Abraão.

Em oposição à interpretação de Hagin, a prosperidade física de Abraão nunca foi assunto de interesse na Bíblia. Nos 216 versículos que mencionam o patriarca, não existe indício algum de que a riqueza que lhe foi dada fosse importante para ele como pessoa ou constituísse elemento essencial de sua relação com Deus. Além disso, o próprio Abraão aparece no Novo Testamento como exemplo de um homem que, por meio da fé, encontrou não a riqueza, mas a salvação. Ele se tornou conhecido com pai daqueles que têm fé, exemplo supremo de um homem de fé (Rm 4.12,16; Gl 3.6,9), não porque fosse rico e próspero, mas porque teve fé para deixar sua terra (Hb 11.8), para confiar na promessa que Deus fez de lhe dar um filho em sua velhice (Hb 11.11) e até para sacrificar seu próprio filho, quando este lhe foi pedido (Hb 11.17; Tg 2.21). O ponto central de Hebreus 11 é que os santos de Deus, incluindo-se Abrão, foram fiéis apesar dos problemas, não por ser prósperos. A maioria deles nem levou uma vida de prosperidade, mas, em vez disso, morreu martirizada. A fé que eles demonstraram honrou a deus, por ser fé apesar das circunstancias, não fé que mudava as circunstâncias para melhor. Portanto, ver na promessa de Deus a Abraão principalmente uma referência ás riquezas materiais não passa de uma interpretação grosseira. (Pieratt, 2009, p.111,112)



 
AS PROMESSAS NACIONAIS À ISRAEL

Havia bênçãos dadas a Israel que eram de caráter puramente nacio­nal, isto é, diziam respeito a eles como povo.


  • Deus prometeu a Israel a terra e este recebeu (Gn 12.1; 13.15; 15.18-21; 17.7-8; 26.3-4; 28.13-14; Lv 20.24; 25.23), à qual seu destino está ligado e jamais deixará de existir (Jr 31.35-40);
  • Numerosas profecias prometem a Israel a restauração na sua terra, com o Messias reinando no trono de Davi por ocasião de Sua volta (2 Sm 7.10-16; 1 Re 9.5; Is 9.6-7; Ez 34.23-24; 37.24-25; Lc 1.31-33);



AS PROMESSAS UNIVERSAIS POR MEIO DA IGREJA



É fácil percebermos que nem todas as bênçãos prometidas a Israel por intermédio dos patriarcas podem ser traduzidas em bênçãos lo­cais, materiais e pessoais. Havia também aquelas de caráter universal e espiritual. Elas teriam um caráter coletivo e apontavam para um futuro ainda muito distante. Quando o Senhor diz a Abraão, por exemplo, que "em ti serão benditas todas as famílias da terra" (Gn 12.3), a referência é

a salvação por intermédio da pessoa bendita de Jesus Cristo (G1 3.8). Essa promessa se cumpriu muitos séculos de­pois do patriarca. Essas bênçãos, embora contempladas por Abraão, não foram desfrutadas por ele. Jesus Cristo afirmou: "Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o, e se alegrou" (Jo 8.56). Abraão "viu" os dias do Messias, mas não os vivenciou. A bênção era para sua posteridade. O dom do Espírito Santo, por exemplo, é uma dessas bênçãos na Antiga Aliança que só pôde ser vivida na sua plenitude por crentes debaixo do Novo Pacto. (A prosperidade a luz da Bíblia, José Gonçalves)



Promessas para a Igreja:


  • A promessa de ser templo do Espírito Santo (Jo 14.17,23);
  • A justificação (Gl 2.16; 2.21);
  • A liberdade (Gl 4.8-10; Gl 5.1);
  • A promessa do Batismo com o Espírito Santo (Lc 24.49; At 2.38,39);
  • A adoção de filhos (Jo 1.12; II Co 6.18; I Jo 3.1,2);
  • A promessa do livramento da grande tribulação (Ap 3.10).


Referências:

Lições Bíblicas, A Verdadeira Prosperidade, Ed. Cpad
Lição 05 – As bênçãos de Israel e o que cabe à Igreja – Rede Brasil de Comunicação.
José Gonçalves, A Prosperidade a luz da Bíblia, Ed. CPAD
Alan B. Pieratt, O Evangelho da Prosperidade, Ed. Vida Nova




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