Grupo destruiu porta e entrou armado na igreja, supostamente para reivindicar cumprimento de liminar, que acabou revogada ontem
São José dos Campos
A 4ª Vara Cível de São José dos Campos revogou ontem uma liminar que afastava Samuel Camara, por 90 dias, do cargo de presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, localizada na rua Conselheiro Rodrigues Alves, região central de São José.
A liminar havia sido concedida no último dia 17 de dezembro a pedido de Antônio Luiz Sellare, ex-presidente da Assembleia. Além do atual presidente, a liminar afastava também a diretoria.
O pedido alegava irregularidades na administração financeira da instituição.
Na tarde do último sábado, oito homens armados invadiram a Assembleia de Deus. O grupo seria liderado por Sellare, que reivindicava a presidência da igreja. O grupo quebrou a porta da igreja e feriu quatro pessoas, que registraram Boletim de
Ocorrência pela agressão. Quando a polícia foi acionada, os invasores fugiram.
Até o fechamento desta edição, Sellare não retornou às ligações feitas pelo O VALE.Justiça. A confusão começou no último dia 17, após a publicação da liminar que derrubava Camara, da presidência da Assembleia de Deus, cargo que ele ocupava desde o final de 2009.
Câmara aceitou deixar o cargo durante as investigações, mas o poder continuou nas mãos do grupo de pastores que defendia o atual presidente.
Sellare, que era líder de um grupo de oposição e teria presidido a igreja em 2009, tentou voltar á presidência, através de uma assembleia realizada na semana passada.
“A assembleia não foi oficial. Enquanto nós realizávamos um culto, ele chamou 11 pastores e fez a votação. A igreja possui 500 pastores”, diz o pastor Rosalvo Batista, representante da igreja.
Após a invasão do grupo, foi convocada uma nova assembleia, realizada no domingo, para definir a presidência da igreja.Assembleia. Na assembleia realizada no último domingo, participaram cerca de 1.600 pessoas, de acordo com a direção da Igreja.
“Definimos a diretoria que ficará no cargo durante a investigação e se a Igreja apoiaria Camara ou não”, diz Batista.
A ata desta reunião foi entregue ontem ao juiz Daniel Toscano, da 4ª Vara Cível de São José, responsável pelo caso.
“Nós recorremos e com a ata da assembleia oficial, com grande participação de fieis, conseguimos convencer o juiz de que não havia motivo para afastar o presidente e os diretores”, diz Georges Salim Assad.Cargos. O cargo de presidente é vitalício, sendo que este só pode ser desligado por vontade própria ou por decisão da maioria dos pastores.
A diretoria é renovada a cada dois anos. Na Assembleia, uma nova diretoria será eleita no próximo sábado, dia 8.
FONTE: www.ovale.com.br
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